Sucesso na nação, fracasso na administração?

Por Jorge Linhares | Artigo
“Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele temia ao Senhor. É chegado o credor para levar os meus dois filhos para lhe serem escravos” (2Reis 4.1)
A Bíblia narra a história de um homem de bem que, ao morrer, deixou uma surpresa negativa para a família. Sua esposa, vendo-se em situação de desamparo e em risco iminente de ver seus filhos virarem escravos por conta das dívidas deixadas pelo marido, foi pedir ajuda ao profeta Eliseu.
Primeiramente, é preciso esclarecer que esse homem, servo do profeta, temia ao Senhor. Ele não era um falso profeta, um hipócrita ou um enganador. Isso significa que o marido daquela viúva era, de fato, um homem de Deus. Entretanto, isso não o impediu de tomar decisões erradas em relação a finanças e ao cuidado com a mulher e os filhos.
A pessoa pode ser de Deus e não ser sábia. Inteligência, até os animais têm. O ser humano e toda a criação já nascem com inteligência, mas, sabedoria...! Infelizmente, o servo do profeta não agiu com sabedoria em relação às finanças. Apesar de ser um homem de Deus, íntegro e temente ao Senhor, ele fracassou em uma área muito importante. Ele não possuía casa própria, veículo ou qualquer patrimônio.
Embora servo de Deus e levando uma vida marcada pela unção, aquele homem não prestou atenção aos sinais que indicavam que estava indo rumo à falência. Há pessoas que estão pregando o evangelho, dedicando- se horas a fio à Escola Bíblica, ao diaconato, ao louvor, mas se atolam em problemas na vida pessoal porque não se preocupam quando acende a primeira luzinha de alerta.
Há aqueles que, como homem ou mulher de Deus, conseguem ser bênção na igreja, para a vida das ovelhas do Senhor, para a família dos outros, mas fracassam em todas as outras áreas da sua vida pessoal. Têm sucesso no ministério, vivem se dispondo para atender e ajudar todos, mas seguem levando derrotas sucessivas no relacionamento familiar, com os filhos, com a esposa, com os pais etc.
Há pessoas com o nome sujo no SPC que dizem: “vou esperar cinco anos para prescrever”; outros, ainda, não se preocupam com a escritura do lugar onde moram: “ah, eu construí no fundo da casa da mamãe, não tem problema!”; ou pior: “vou morar no apartamento da igreja”.
São pessoas que vão “tocando” a vida sem se importar com os sinais de perigo. Depois, quando morrem, deixam cônjuges e demais familiares em situação delicada. Foi o que aconteceu com o discípulo do profeta. Ninguém vai pegando os filhos do devedor para fazê-los de escravos da noite para o dia. Esse é um processo gradativo.
No entanto, a Palavra afirma que o homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos (Pv 13.22). Se você é um homem de Deus, cheio da unção do Senhor, peça a Ele sabedoria para que, assim como você tem sido bênção para os de fora, que você seja um abençoador para os da sua casa, deixando uma bênção que será usufruída por muitas outras gerações, mesmo depois que Deus o levar para sua glória.
Deus o abençoe, em nome de Jesus.
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